Eu não vim ouvir profetas, eu quero é Deus
Durante o trajeto até a igreja, algo começou a mudar. Dores terríveis por todo o corpo, uma fome alucinante, um sono incontrolável. Enquanto minha amada preparava um lanche pra nós, eu tentando
esquecer o mal estar terrível, deitado descansando orei em pensamento para que este cansaço fosse embora.
Lanche feito, banho tomado, só me resta abrir a igreja. Neste momento tudo mudou completamente. Percebi um pedaço de madeira no meio da estrada em frente ao templo, logo me agitei para tirar o objeto dali para não ocorrerem maiores problemas, mal sabendo que na verdade aquele objeto teria um papel fundamental na solução de um problema. Quando endireitei meu corpo ficando em pé dei de cara com um homem me olhando, aparência humilde, pele escura, roupas surradas, face abatida, olhos marejados, cheiro de álcool. Ele me pediu desculpas, por estar no caminho, e eu desajeitado logo disse que na verdade não estava me atrapalhando, "estou apenas tirando isto aqui do caminho!" ele olhou pra mim, pra madeira, pra mim novamente e finalmente olhou para o que havia atrás de mim: Oh, aqui é uma igreja? Sim, quer entrar? Posso? Deve meu amigo! Eu quero ouvir a palavra, quero ouvir alguém aí louvando! Espere cinco minutos, e o culto começa, e estes desejos logo serão realizados! Quando ele ouviu um seja bem vindo, ele respondeu: Eu não vim ouvir profetas, eu quero é Deus.
O culto começou, passados os louvores e a palavra ele permaneceu ali, escutando, indagando, e ao
final, reconciliou-se com Cristo. Eu já estava grato o suficiente mas o Senhor é mais, muito mais. Ele sabe o que precisamos, e este homem além de Cristo, ganhou nesta noite, um banho quente, roupas limpas, um prato de comida e um teto para dormir ...
Amanhã creio que as benção de Deus continuarão seguindo este homem, e em nome de Jesus, ele nunca mais voltará para a sua residência de até então, um viaduto, e leia-se viaduto, no sentido literal da palavra, aquele lugar que fica embaixo de rodovias, onde não há cama, não há parede, mal há um teto.
Até aqui sou grato a Deus pela nova chance que Ele está concedendo ao nosso novo amigo, não esperava uma experiência dessas, não hoje, pois realmente, estava um trapo, estava, porque desde que peguei aquele pedaço de madeira nas mãos, o cansaço foi embora, não sei pra onde e não me importo. A minha única preocupação agora é como continuar a cuidar desta alma que cruzou o nosso caminho hoje, mas isso aí, ah, isso aí é com o dono da obra, somos apenas semeadores.
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